εïз..As escritas da Borboleta..εïз

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Itaberaba, Bahia, Brazil
Todos os dias ao acordar vejo e sinto novas oportunidades dada pela vida como uma chance de refletir,reiveintar, e me recriar, pois enquanto durmo construo sonhos abstratos e utopias concretas. Busco a hora da estrela, não como o final da obra da Clarice Lispector, mas a minha própria hora da estrela que um dia irei pescar em meio a um turbilhão de emoções e respostas desfragmentáveis que a vida e o tempo pregaram no altar e no mais alto patamar das constelações.Enquanto isso vou tecendo com fios de desejos a escada que me dará o alcance ideal. Meus tropeços e minhas imperfeições? Estas estão articuladas à minha alma como maneira de buscar no meu âmago latente as mulheres que ainda precisam ser conectadas e as respostas interiorizadas no meu ser infinitamente particular. Há coisas que eu sei, há outras inconclusas, inacabáveis, desarticuladas, inexplicáveis, incompreensíveis, desestruturadas, desencontradas e enigmáticas. (Leiane)

sábado, 1 de dezembro de 2007

Por Inteiro



Não quero amor em versos
Quero poesias inteiras
Nada pela metade, em partes
Sentimentos pelo vento levados,
Letras jogadas ao acaso...
Quero palavras proferidas da alma
Mas também...
Um fogo que queima
A lareira que aquece
O perfume que entontece
A serpente que encanta
O beijo que enlouquece
Cansei de ler romances fictícios
Vou aproveitar a lua cheia,
E lançar o meu feitiço

Céu e Inferno



O sol que se põe atrás da colina
A areia que é movediça
A dor que rasga meu peito em demasia
Uma caverna, negra e infinda.
Um baú de lembranças adormecidas
As folhas secas no outono sem vida
O beija-flor em extinção
A mariposa em vôo noturno
Sou as lágrimas da chuva na janela
A alma de uma flor fenecida
O Amor não correspondido e acolhido
Queria...
Ser a lua que te cobre com véu lunar,
O trovão que grita de paixão
O amor que te envolve como um manto
Mas...
Tu és o amargo disfarçado de mel
Meu mundo uma poesia sem nexo.
Minha vida é um duelo
Um dia céu, um dia inferno.

Leiane Mascarenhas em. 19.11.2007


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Eu e a Poesia






Cada palavra
Cada verso
Sentimentos e explicitações
Verdades e sensações
Palavras que agora preenchem vazios
Poesia que virou o meu refúgio
Um desejo ilimitado e insaciável
Um pensamento incontrolável
Minha alma leve e entristecida
Antes adormecida e imprecisa
Eu, aprendiz de poetisa.
Que nas noites sem lua
Solitária vagava pela rua
Agora em versos transcritos
Como uma borboleta conseguindo voar
Uma mulher conseguindo aos poucos se expressar
Sentindo ao mesmo tempo seu coração aliviar
A poesia descoberta em mim mesma
Agora minha fiel companheira
A minha alma tem trazido paz e leveza.
A um lado meu obscuro
Que aos poucos vou me livrando
Poeticamente me expressando

Uma humilde poetisa vou me tornando

Você e Eu



Teus olhos, o espelho de tua alma.
Um labirinto que vivo a desvendar
Ah como eu queria nesses olhos mergulhar
Essa essência que conduz perfeição
Aparentemente subliminar e não real
Ao mesmo tempo inexplicável e natural
Olhar meu que deixa transbordar
Uma vontade de te tocar
Se eu pudesse te beijar
E com seu olhar encontrar
Sentiria o meu corpo flutuar
Cansei de amores idealizados
Sentimentos internalizados
Tudo o que eu quero é você ao meu lado
Oh anjo de candura!
Tira essa armadura!
Vamos fazer um pacto de amor
Venha ser meu homem protetor
O guardião do meu coração
Pois meu corpo sem o teu
È como Julieta sem Romeu
Venha me amar, deixa o acaso nos guiar.
Para juntos o teu corpo e o meu flutuar.

Leiane Mascarenhas . Em: 03.11.2007

Mil Faces


Ela é o desejo insaciável,
A fada em forma de mulher
A princesa medieval
O elemento fogo cultuado
A estrela d’alva que encanta
O mar que afoga ...
A feminilidade na alma refletida
Ela é anjo e o demônio
O sagrado e o profano
È a lua em suas quatro fases,
minguante, nova, crescente e cheia
È Afrodite, a deusa do amor
È a bruxa feiticeira
A mulher, e a guerreira.


Leiane Mascarenhas – Em 14.11.2007

Mulher Borboleta


Iиdєƒєรα є ασ мєรмσ тємpσ uмα ƒσятαlєzα

Uмα αlмα αpяιรισиαdα

Suรтєитαdα dє รσиhσร є ƒιямєzα

Lαgαятα αιиdα รєиรívєl є ƒяαgιlιzαdα

Dє вєlєzα ιитєяиαlιzαdα

Aιиdα иα cяιรálιdα, pєquєиιиα

Mulhєя cσм єรรêиcια dє мєиιиα

Lαgαятα cσм αlмα dє вσявσlєтα

Mєтαмσяƒσรєαиdσ

E ασร pσucσร pαяα α vιdα dєรαвяσchαиdσ

E єм мulhєя вσявσlєтα, vσu мє тяαиรƒσямαиdσ

Eиquαитσ єรpєяα gαиhαя uм lιиdσ pαя dє αรαร

Quє мιlιмєтяιcαмєитє vãσ รє ƒσятιƒιcαиdσ

Pαяα ƒιиαlмєитє αlçαя vôσ.

Apαяєитємєитє ƒяágιl, cσм uм

Bяιlhσ úиιcσ є єรpєcιαl

Uмα ƒσяçα ιитєяισя vιтαl.

Bσявσlєтα єu, вσявσlєтα vσcê

Mulhєяєร ƒιиαlмєитє αuтσ-яєαlιzαdαร

Bσявσlєтαร мєтαмσяƒσรєαdαร


αuтσяια: Lєιαиє ƒ. мαรcαяєиhαร- єм :30.10.2007

O Vento e a Borboleta



O vento é o que a faz se sentir borboleta
Impulsiona suas asas, fazendo-a voar,
A convida para as nuvens alcançar
Nos momentos em que se sente insegura,
E incapaz de o céu conquistar


Ela ensaia passos desengonçados pelo ar
O vento por sua vez é o seu par...
Tirando-a todos os dias para dançar
Fazendo-a sentir uma borboleta dançarina
Quando abraçada pelo vento sente-se protegida.


Ele dissemina o pólen pelo ar propositalmente
Concedendo-lhe novos jardins na primavera
Fazendo da menina triste, uma borboleta feliz,
Quando brinca entre as flores pelo vento semeadas


A borboleta que antes se via sozinha,
Agora tem o vento para lhe fazer companhia
Que lança o aroma das flores campestres no ar
Como forma de sua chegada avisar
Enquanto ela com suas asas fechadas o aguarda.


A humilde borboletinha que só tinha o seu casulo
Frio, restrito e escuro.
Agora segue a borboletear
Levada pelos braços do vento
Como um portal que lhe guia
Pelos jardins da vida vão bailando
Juntos, a borboleta e o vento.

Leiane Mascarenhas - em. 13.11.2007

Amor Perfeito


Aƒιиαl quαl α รєиรαçãσ dє αмαя?
Sєяια α мєรмα dє vσαя?
Nãσ pσรรuσ αรαร
Mαร uм cσяαçãσ dιรpσรтσ α รє єитяєgαr
Nєรรα вuรcα ιиcєรรαитє
Sιgσ α тuα pяσcuяα vєlєjαя
Nєรรє мαя dє ιмєиรιdãσ
Dєιxσ αร σиdαร мє guιαя
Nα cαlмαяια dσ єитαяdєcєя
Eรpєяαиdσ σ αмσя αcσитєcєя
O vєитσ รσpяαиdσ иα dιяєçãσ
Cσиduzιиdσ-тє αтé мιм
Cσмσ σ αяσмα quє cσиduz
Uмα вσявσlєтα αтé σ jαяdιм
Nєรรє cσяαçãσ ιмpєяƒєιтσ
Uм รєитιмєитσ тãσ pєяƒєιтσ
Uмα รєиรαçãσ ιиvαรσяα
Aσ мєรмσ тємpσ pяσтєтσяα
Uм รσиhσ ιяяєαl
Uмα яєαlιdαdє รuяяєαl
Duαร αlмαร รє єиcσитяαиdσ
Eм uмα รó รє тσяиαиdσ

Lєιαиє ƒ.мαรcαяєиhαร – єм 01.11.2007

O Poder dos Ventos



Ventos que movem cata-ventos
Que levam a jangada ao seu destino
Redemoinhos modificando caminhos
Ventos que arrastam,
Levando consigo remotas lembranças
Em forma de brisa trazem calmaria
Ar em movimento, inverossímil.
Levando as folhas secas do outono
Decidindo por elas que rumo tomar
Ciclone, tornado, vendaval e furacão.
Afoitos, causando destruição.
Ventos frios que tocam o meu corpo
Anunciando a chegada do inverno rigoroso
Ventanias que alternam direções e sentidos
Fazem um balão no céu flutuar
Faz uma pipa pelas nuvens a bailar
Ventos que trazem o teu cheiro e o do mar


Leiane Fraga Mascarenhas – Em 06.11.2007

Dias Intermináveis


Nessa noite estrelada
Sinto-me abandonada
Como uma estrada deserta
Lágrimas que não hesitam em cair
Sinto-me num casulo sem poder sair
Me pergunto o que é ser feliz?
Sensações só podem ser descritas
Quando são sentidas e vividas
Me sinto congelada , impossibilitada
Suas mentiras são minhas verdades.
Me sinto como um livro nunca lido
Um cristal nunca admirado
Uma música sem melodia
Tenho me tornado incrédula e vazia
Nestes dias frios, nem o sol me aquece.
Meus calafrios tornaram - se constantes
O meu coração cada dia mais inconstante
Como um cego que tenta enxergar
Na esperança de um dia ver o mar.


Autoria: Leiane F. Mascarenhas – Em: 04.11.2007

Vida Roubada


Hoje andando pela rua...
Encontrei uma borboleta morta
Tão linda, mas sem vida.
Ah! Se eu tivesse o dom de ressucitar
Trazia-lhe a vida de volta
Reconstruiria cada parte de suas asas despedaçadas
Suas asas por alguém destruídas
Alguém sem coração e insensível
Um lindo ser de asas delicada e livre
Agora, ali morta e indefesa.
Pobre borboleta azul turquesa.
Nem teve tempo de se defender
De ao menos lutar para viver
Sua vida fora roubada para sempre
E nem levaram em conta o seu querer
Suas asinhas ali abertas,
Como que querendo ganhar o céu
Agora ali na calçada estagnada
Linda e morta estava a borboleta
Tantos horizontes ainda para voar
Mas que pena!
Teve sua liberdade furtada,
Suas asas destruídas e a sua vida roubada.

Leiane Mascarenhas – Em 10.11.2007