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Não quero amor em versos
Quero poesias inteiras
Nada pela metade, em partes
Sentimentos pelo vento levados,
Letras jogadas ao acaso...
Quero palavras proferidas da alma
Mas também...
Um fogo que queima
A lareira que aquece
O perfume que entontece
A serpente que encanta
O beijo que enlouquece
Cansei de ler romances fictícios
Vou aproveitar a lua cheia,E lançar o meu feitiço
O sol que se põe atrás da colina
A areia que é movediça
A dor que rasga meu peito em demasia
Uma caverna, negra e infinda.
Um baú de lembranças adormecidas
As folhas secas no outono sem vida
O beija-flor em extinção
A mariposa em vôo noturno
Sou as lágrimas da chuva na janela
A alma de uma flor fenecida
O Amor não correspondido e acolhido
Queria...
Ser a lua que te cobre com véu lunar,
O trovão que grita de paixão
O amor que te envolve como um manto
Mas...
Tu és o amargo disfarçado de mel
Meu mundo uma poesia sem nexo.
Minha vida é um duelo
Um dia céu, um dia inferno.
Leiane Mascarenhas em. 19.11.2007